quinta-feira, 28 de junho de 2012

Brilha o Super Mario azul e Alemanha fica novamente no caminho

Deu Itália na segunda semifinal da Eurocopa 2012, que agora enfrenta a Espanha, domingo, na grande decisão do maior torneio de seleções do Velho Continente.

Com dois gols do polêmico Mario Balotelli, a Azurra manteve sua hegemonia sobre a seleção alemã, a qual jamais venceu os italianos em um jogo oficial em toda a história. São, agora, oito jogos, com quatro empates e quatro vitórias do time da velha bota.

O jogo
Após a execução de dois hinos que reinaram durante os primeiros anos da última década na Fórmula 1, celebrando as vitórias da Ferrari de Michael Schumacher, ao seu estilo, a Itália entrou em campo com uma defesa muito bem postada e segura. Por sua vez, a Alemanha, com seu padrão ofensivo, desafiava o paredão azul.

E o começo foi difícil para os italianos, que tiveram que se virar para evitar o gol alemão, que teimava em não sair, primeiro com Pirlo, principal destaque do time na competição, salvando gol de Khedira em cima da linha. Depois, Buffon evitando o tento adversário em chute forte de Kroos.

Enfim, finalmente a Itália começou a se livrar da forte marcação alemã e abriu o placar com Balotelli, de cabeça.

Buffon salvou a Azurra por mais duas vezes, até que o Super Mario Balotelli, em contra-ataque, mandou um foguetasso no ângulo do goleiro Neuer para fazer um improvável 2 a 0.

A partir daí o jogo foi dominado pelo time azul.

Na segunda etapa, a Alemanha veio para cima, mas sem sucesso. Bolas altas e infiltrações, já manjadas, não davam em nada e a Itália desperdiçava chance atrás de chance de matar o jogo em contra-ataques perigosíssimos.

Aos 46 minutos, mão na bola do zagueiro italiano dentro da área e gol de Özil na cobrança de pênalti. A esperança alemã ainda estava viva, mas morreu três minutos depois com o apito final do árbitro.

Resultado: Itália na decisão da Euro-2012 e vaga garantida na Copa das Confederações do ano que vem, aqui no Brasil.

Alemanha, de novo, fica no caminho
Já está virando um tabu incômodo para a seleção tri campeã do mundo. Sempre com boas campanhas e favoritismo elevado em todas as competições que entra, o time alemão tem a marca registrada nos últimos anos de ocilar em momentos decisivos.

Foi assim na final da Copa do Mundo de 2002 contra o Brasil, nas semifinais da Copa do Mundo de 2006, dentro de casa, contra a mesma Itália, na final da Euro 2008, contra a Espanha, e nas semifinais da última Copa, na África do Sul, em 2010, novamente contra a Fúria.

Está mais do que na hora desta excelente geração alemã mostrar ao que veio e apagar esta imagem perdedora, que ela mesma permite ser criada.

A grande final
Espanha e Itália, as duas últimas campeãs do mundo, já se enfrentaram nesta edição da Euro, justamente na estreia. Em jogo bem disputado, as duas seleções ficaram no 1 a 1.

O time espanhol leva certo favoritismo por ser um time mais técnico, porém, a força e garra italiana em momentos decisivos serão as grandes armas para a esquadra azul chegar ao título europeu de seleções.

Espanha bate Portugal nos pênaltis e Alemanha e Itália decidem vaga na Copa das Confederações

Hoje, pela primeira semifinal da Euro-2012, os campeões do mundo entraram em campo com a missão de eliminar os portugueses, liderados por Cristiano Ronaldo, vaiado por grande parte da torcida espanhola durante toda a partida.

E conseguiram!

Fácil não foi. Pelo contrário. Portugal foi melhor durante quase todo o jogo e teve chance claríssima para fazer o gol da classificação no finalzinho do tempo normal, em contra-ataque fulminante.

Mas, não fez. E depois de uma prorrogação dominada pela Fúria, o empate persistiu e a decisão foi para os penais.

Nas cobranças, Xabi Alonso, pela Espanha, e João Moutinho e Bruno Alves, por Portugal, perderam. Melhor para os espanhois, que avançaram à decisão depois do pênalti convertido por Fábregas.

Já garantida
Por ter sido campeã do mundo em 2010, na África do Sul, a seleção espanhola já tem lugar garantido na Copa das Confederações do ano que vem, que será disputada aqui no Brasil.

Com isso, Alemanha e Itália, que disputam a outra vaga na final da Eurocopa, brigarão também pela vaga europeia na competição que antecede a Copa do Mundo de 2014, também no Brasil.

Historicamente, a Azurra tem ótimo retrospecto contra os alemães, embora o time do artilheiro Thomaz Müller seja, atualmente, melhor. Grande jogo e aposta na Alemanha para amanhã.

Romarinho entra, marca e vira herói

No primeiro jogo da decisão da Libertadores 2012, o que se viu no primeiro tempo foi um jogo brigado e com poucas chances de gol. Destaque para chute de fora da área de Paulinho, que exigiu grande defesa do goleiro Orion, e para a puxeta de Santiago Silva, que foi salva por Alessandro.

Depois do intervalo, o Boca inflamou e chegou ao gol com Roncaglia após bate e rebate dentro da área corintiana.

O time da casa dominava o jogo e o Corinthians parecia não ter mais forças para reagir.

A La Bombonera era puro êxtase, pulsava com o Boca e empurrava os Xeneizes em busca do segundo gol.

Porém, não esperavam pelo pior.

Romarinho, aquele mesmo que estreou domingo com dois gols em cima do Palmeiras, maior rival do Timão, mostrou que tem estrela.

Aos 40 minutos, com o jogo quase perdido, o jovem de apenas 21 anos recebeu bola primorosa de Emerson Sheik e deu um toquinho de classe por cima do goleiro Orion.

Era o gol que os corintianos queriam, na única chance brasileira em todo o segundo tempo, o gol que pode ser decisivo na possível inédita conquista da Libertadores, quarta que vem, no Pacaembu, que deverá estar lotado e mais lindo que nunca.

Todo cuidado é pouco
Para quem ainda não sabe, o Boca é expert em aprontar fora de casa e, inclusive, ganhou quatro de seus seis títulos da Libertadores jogando a segunda partida aqui no Brasil.

O time argentino fez um segundo tempo impecável e resta ao Corinthians corrigir os erros de hoje para não sofrer uma derrota em São Paulo. Aliás, o que pode ser a ÚNICA derrota do time em toda a competição. Algo injusto e impensável para o clube, mas pode acontecer.

Palpites quanto a favorito são inúteis neste momento. Não há como prever um campeão antes da hora. Acredito apenas que o jogo da semana que vem será muito parecido com a partida de hoje. Se tivesse que apostar, apontaria um novo empate no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, aí já é demais... se soubesse, jogaria na mega-sena!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quarta-feira para se fazer história na Bombonera


Será hoje, 27 de junho de 2012, o dia em que o Corinthians, pela primeira vez em todos os tempos, entrará em campo em uma decisão de Taça Libertadores.

Seu adversário é, logo, o segundo maior vencedor da competição e maior carrasco dos brasileiros na história do torneio e traz um certo temor para o torcedor corintiano.

Depois de uma primeira fase mediana e um pouco questionada, o Timão embalou na fase de mata-mata, se fortaleceu e chega à decisão com boas chances de se tornar campeão das Américas pela primeira vez em sua história de quase 102 anos de vida.

Gol fora não vale mais
Diferente de todas as outras fases, a final, assim como em anos anteriores, terá outros moldes em caso de igualdade nos dois jogos.

De acordo com o regulamento do torneio, NA DECISÃO NÃO EXISTE MAIS O CRITÉRIO DE DESEMPATE POR GOLS FORA DE CASA, ou seja, caso o jogo de hoje termine empatado em 2 a 2, por exemplo, e a partida da volta, no Pacaembu, fique no 0 a 0, o Corinthians não será campeão. Em caso de empate no número de pontos e no saldo de gols, a decisão do título irá para a PRORROGAÇÃO. Persistindo a igualdade, aí sim, o campeão será decidido nas penalidades.

A grande chance
Diferente de todas as outras vezes em que o Corinthians fracassou na Libertadores, neste ano dá para sentir um outro clima dentro do clube e na torcida. O calor e a festa nos estádios, as entrevistas dos jogadores, o próprio ambiente e as circunstâncias as quais o Timão vem superando a cada fase, são sinais que mostram que este ano o título está com a cara do time do Parque São Jorge.

Além do que, este elenco atual do Boca Júniors é bem meia boca se comparado a times de outros anos que foram campeões com a camisa azul e amarela dos Xeneizes. Não que o Corinthians de hoje seja o melhor que já existiu ou disputou uma Libertadores. Pelo contrário, acredito até que seja um dos mais normais, porém, seu foco e a maturidade que vem adquirindo a cada jogo têm feito a diferença.

Palpite e alerta
Se eu fosse apostar em algum resultado para hoje, chutaria no 0 a 0. Porém, se eu acertar este placar, não pensem, torcedores corintianos, que o título estará ganho. O Boca é um time copeiro e acostumado a decidir fora de seus domínios.

De todas as suas seis conquistas, quatro vieram em jogos fora de casa. Em 1977, o time argentino veio ao Brasil e bateu o Cruzeiro nos pênaltis. Já em 2000, também nos pênaltis, a vítima foi o Palmeiras, em pleno Morumbi. No mesmo estádio são-paulino, foi a vez do Santos, em 2003, perder o título para os hermanos. Já em 2007, ano do último título do Boca na Libertadores, até aqui, o Grêmio assistiu ao passeio do camisa 10, Juan Román Riquelme, no estádio Olímpico, em Porto Alegre.

É bom tomar cuidado, Timão!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Corinthians desafia arbitragem, mitos e histórico ruim para ser campeão

É amanhã! O dia, ou melhor, a noite, em que os corintianos mais esperaram finalmente chegou.

Quando o árbitro chileno Enrique Osses der início ao jogo na temida La Bombonera, começará a última batalha de 180 minutos para o Corinthians poder, enfim, conquistar a América.

Engana-se, porém, quem acha que será fácil para o Timão. Contra o atual campeão brasileiro, vários aspectos serão colocados à frente para serem batidos e esquecidos. Confira:

Apitos que assombram
Quem não se lembra do vexame corintiano em 2011 contra o Tolima na Pré-Libertadores? Para relembrar ainda mais este fantasma, o juiz da primeira partida será o mesmo que apitou o jogo de ida daquela ocasião, disputado no Pacaembu. Em caso de derrota brasileira, Enrique Osses será considerado o Mick Jagger sul-americano pelos torcedores do Timão.

Para piorar, no segundo duelo, marcado para a próxima quarta-feira, no Pacaembu, o quarto árbitro, aquele que figura próximo aos bancos de reservas, será José Buitrago, acusado pelos corintianos por favorecimento ao time do Emelec no primeiro jogo das oitavas de final da atual edição da Libertadores, no Equador. Segundo o time do Parque São Jorge, Buitrago, além de inverter algumas faltas, acabou intimidando alguns jogadores brasileiros e expulsou Jorge Henrique injustamente.

O mito da Bombonera
Quem nunca viu ou ouviu falar do estádio do maior clube da Argentina e não sentiu, no mínimo, um frio na barriga ao se imaginar disputando uma final de Libertadores naquele campo?

Depois de inúmeros revezes brasileiros na La Bombonera, o Corinthians tenta ser o segundo time brasileiro a derrotar o Boca em uma decisão de Libertadores (o único, até hoje, foi o Santos de Pelé).

Palmeiras, o próprio Santos, além de São Caetano, Grêmio e Fluminense foram algumas das vítimas do hexacampeão sul-americano. Aliás, o Paysandú, que chegou a derrotar o Boca em Buenos Aires por 1 a 0 e acabou sofrendo a virada no placar agregado dentro do Mangueirão na Libertadores de 2003 (4 a 2), também entra nesta lista.

Taça que incomoda
Cinco vezes campeão brasileiro, bicampeão da Copa do Brasil, 26 vezes campeão paulista e campeão mundial, o Corinthians é, de fato, um dos maiores clubes da história do futebol brasileiro e mundial. Porém, por nunca ter conquistado a Libertadores, o time acaba virando motivo de chacota dos maiores rivais, os quais, todos, possuem o título mais cobiçado das Américas.

No “quase” por diversas vezes, o Timão chega à sua primeira final em 52 anos de Libertadores com um cartel considerável de fiascos. Derrotas para Boca Júniors, Grêmio, Palmeiras (duas vezes), River Plate (duas vezes), Flamengo e Tolima marcam o histórico de fracassos corintianos na competição. E é por isso, que este ano o título tem se tornado mais do que obrigação para os fiéis torcedores.

Os carrascos em finais
Além de todo o histórico próprio, os mitos e a arbitragem, o Timão terá ainda outro problema pela frente: a freguesia brasileira para os bicampeões do mundo.

Em toda a história da Libertadores, foram disputadas, até aqui, doze finais entre times brasileiros e argentinos. E os números não são nada bons: são nove vitórias de clubes de nossos vizinhos contra três conquistas verde e amarela. E, pior que isso, a última vez em que um clube do futebol pentacampeão mundial levantou a taça em cima de um hermano foi há exatos 20 anos, quando o São Paulo bateu o Newells's Old Boys no Morumbi.

Dentre todas as conquistas argentinas, só o Boca foi responsável por quatro destes títulos, batendo o Cruzeiro em 1977, o Palmeiras em 2000, o Santos em 2003 e o Grêmio em 2007, curiosamente, todos já campeões do torneio.

Confira abaixo todas as decisões entre Brasil e Argentina na Taça Libertadores da América:

1963: Santos campeão em cima do Boca Júniors
1968: Estudiantes campeão em cima do Palmeiras
1974: Independiente campeão em cima do São Paulo
1976: Cruzeiro campeão em cima do River Plate
1977: Boca Júniors campeão em cima do Cruzeiro
1984: Independiente campeão em cima do Grêmio
1992: São Paulo campeão em cima do Newell's Old Boys
1994: Vélez Sarsfield campeão em cima do São Paulo
2000: Boca Júniors campeão em cima do Palmeiras
2003: Boca Júniors campeão em cima do Santos
2007: Boca Júniors campeão em cima do Grêmio
2009: Estudiantes campeão em cima do Cruzeiro

domingo, 24 de junho de 2012

Euro chega à reta final sem favoritos

Sem nenhuma surpresa, quartas de final da Eurocopa classificam as principais seleções candidatas ao título, mesmo depois de altos e baixos no decorrer da competição.

Encontro de gigantes
De um lado, teremos o encontro de dois países que, em meio à história, se uniram para bater de frente com as duas maiores potências industriais em meados do século XIX, França e Inglaterra.

Países, de fato, BEM mais novos que o Brasil, as unificadas naquele tempo, Alemanha e Itália, hoje semifinalistas da Euro-2012, são exatamente as duas seleções mais vitoriosas da história das Copas, atrás apenas de nós, pentacampeões.

Nesta edição da Eurocopa, a Alemanha vem se destacando e roubando o favoritismo até mesmo da atual campeã europeia e do mundo, a Espanha, que, por sinal, não vem de atuações a nível do que dela se espera.

Já a Itália, que quase não passou nem da primeira fase, vem ganhando moral e eliminou hoje a seleção mediana da Inglaterra nos pênaltis.

Clássico de Tordesilhas
Do outro lado da chave, acompanharemos o encontro dos colonizadores da América Latina. Portugal e Espanha farão um duelo marcado pelo favoritismo de um elenco que é base dos dois maiores clubes do mundo, Real Madrid e Barcelona, desafiando o estrelismo e a força de um craque que, inclusive, atua no time merengue.

Xavi, Iniesta, Fábregas, Xabi Alonso, Cassillas e cia entrarão em campo com a missão de bater a seleção lusitana, representada pelo gajo Cristiano Ronaldo, que, depois de um início ruim, engrenou e fez a diferença para colocar seu país nas semifinais do torneio.

Favoritismo, claro, ainda é espanhol. Mas não duvidem de uma surpresa liderada pelo craque da Ilha da Madeira.

Bom de chute
Dos meus palpites iniciais, (que vocês podem conferir neste link http://esportedalcim.blogspot.com.br/2012/06/euro-de-ouro.html), acertei uma semifinal em cheio e errei a outra apenas por um time. No lugar da Itália, havia palpitado na França, claro, lembrando que o chaveamento que previ não foi o mesmo por conta da classficação final de alguns grupos, principalmente a reviravolta que aconteceu no grupo D, de França e Inglaterra.

OBS: Ainda acredito em título da Espanha contra a Alemanha.

Favoristimo e Tradição
Enfim, sem grandes surpresas, a Eurocopa chega à sua reta final comprovando a força das grandes e tradicionais seleções de seu continente, que, inclusive, três delas participaram das finais das últimas três Copas do Mundo, com apenas a Alemanha tendo sido derrotada na decisão (para o Brasil em 2002), e a outra (Portugal) tendo chegado à final da penúltima Euro, em 2004, sendo derrotada pela Grécia dentro de casa.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tabus e Revanches marcam a semana do futebol

Após mais uma semana tensa e decisiva no futebol brasileiro e sul-americano, chegamos à formação de mais uma final de Libertadores e Copa do Brasil.

Pelo torneio internacional, de um lado teremos o Corinthians, estreante nesta fase da competição, embalado pelas vitórias em cima de Vasco e Santos, nas quartas e semifinais, respectivamente. Do outro, o hexacampeão e talvez um passo a frente do Timão, o Boca Júniors, da Argentina.

Já pela Copa do Brasil, o Palmeiras retorna ao ciclo de decisões que o consagraram nos anos 90 e início dos anos 2000 e fará a decisão contra o Coritiba, que se classifica para a final da competição pelo segundo ano consecutivo (perdeu ano passado para o Vasco).

E é em meio a estas decisões das próximas semanas e baseado nos jogos que desenharam este cenário, que mostrarei alguns aspectos interessantes quantos aos clubes envolvidos nestas semifinais, já encerradas.

Longo Tabu
Em uma das semifinais da Copa do Brasil, a derrota do São Paulo, além de comprovar que sua fase não é nada boa, sem conquistar títulos desde 2008, ratificou o fantasma do time por eliminações em torneios de mata-mata. São desde 2005 - quando ganhou a Libertadores e o Mundial, ambos pela terceira e última vez, até aqui -, 17 fracassos em competições com moldes eliminatórios. Ao todo, o tricolor chega à sua sétima temporada seguida sem títulos neste tipo de torneio. Abaixo segue a lista de todas as decepções são-paulinas em mata-mata nos últimos anos.

Paulista 2007 (Semifinal contra o São Caetano)
Paulista 2008 (Semifinal contra o Palmeiras)
Paulista 2009 (Semifinal contra o Corinthians)
Paulista 2010 (Semifinal contra o Santos)
Paulista 2011 (Semifinal contra o Santos)
Paulista 2012 (Semifinal contra o Santos)

Libertadores 2006 (Final contra o Internacional)
Libertadores 2007 (Oitavas de final contra o Grêmio)
Libertadores 2008 (Quartas de final contra o Fluminense)
Libertadores 2009 (Quartas de final contra o Cruzeiro)
Libertadores 2010 (Semifinal contra o Internacional)

Sul-Americana 2007 (Quartas de final contra o Milionarios-COL)
Sul-Americana 2008 (Primeira fase contra o Atlético-PR)
Sul-Americana 2011 (Oitavas de final contra o Libertad-PAR)

Copa do Brasil 2011 (Quartas de Final contra o Avaí)
Copa do Brasil 2012 (Semifinal contra o Coritiba)

Recopa Sul-Americana 2006 (Final contra o Boca Júniors)

Times brasileiros: a pedra no caminho
Nos últimos anos, assim como na edição 2012 da Libertadores, muitos confrontos brasileiros aconteceram na fase de mata-mata. Coincidentemente, ou não, tivemos neste ano uma nova eliminação de um técnico e um time que têm históricos ruins contra times compatriotas. São eles: Muricy Ramalho e Santos.

Mesmo com um currículo invejável na bagagem, o treinador do peixe também ostenta este peso pelo alto número de fracassos na competição sul-americana contra times brasileiros. Veja abaixo quais foram eles:

Libertadores 2006 (Treinando o São Paulo, perdeu a final para o Internacional)
Libertadores 2007 (Treinando o São Paulo, perdeu as oitavas de final para o Grêmio)
Libertadores 2008 (Treinando o São Paulo, perdeu as quartas de final para o Fluminense)
Libertadores 2009 (Treinando o São Paulo, perdeu as quartas de final para o Cruzeiro)
Libertadores 2012 (Treinando o Santos, perdeu a semifinal para o Corinthians)

Já o Peixe, tricampeão da América, voltou a participar da competição de forma regular em 2003, e que de lá pra cá acabou ficando de fora apenas das edições de 2006, 2009 e 2010. Desde então, o clube da Baixada se encontrou com três times brasileiros no caminho e se deu mal em todas as oportunidades. Veja:

Libertadores 2005 (Perdeu as quartas de final para o Atlético-PR)
Libertadores 2007 (Perdeu as semifinais para o Grêmio)
Libertadores 2012 (Perdeu as semifinais para o Corinthians)

O reencontro com o primeiro carrasco
“Exterminador oficial” de clubes brasileiros na competição mais importante de clubes das Américas, o Boca Júniors reencontrará, o que poucos lembram, uma de suas vítimas: o Corinthians. Foi em 1991, com primeiro jogo no Morumbi e a volta na Bombonera, que o time argentino se tornou o primeiro dos vários pesadelos corintianos na Libertadores. Será este ano, na grande final, que o Timão dará o troco?

Curiosidades
Caso vença a Copa Libertadores 2012, o Corinthians se tornará o quinto time brasileiro a ganhar o campeonato nacional em um ano e o torneio continental logo na temporada seguinte. Os outros times a realizarem este feito foram: Santos (campeão nacional em 1961 e 1962 e da Libertadores em 1962 e 1963), Flamengo (campeão nacional em 1980 e da Libertadores em 1981), São Paulo (campeão nacional em 1991 e da Libertadores em 1992) e o Vasco (campeão nacional em 1997 e da Libertadores em 1998).

Poderá ser também o décimo quinto clube a conquistar o título do torneio logo em sua primeira decisão. Dentre os times que realizaram este feito, estão os brasileiros Santos, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio e Vasco.

A volta do Alviverde imponente
Se o assunto de hoje é história, não podemos deixar de falar sobre o Palmeiras, que volta, depois de quatorze anos, à decisão da Copa do Brasil, agora enfrentando o Coritiba, o mesmo que goleou o time palestrino nas quartas de final do ano passado por 6 a 0, no Couto Pereira. Hora da revanche?

Vice-campeão do torneio em 1996 contra o Cruzeiro e campeão em 1998 batendo o mesmo time da Toca da Raposa, o Verdão vem de uma longa seca de títulos de alto nível (a última conquista de grande porte foi a Libertadores de 1999) e busca a sua redenção no cenário nacional.

Grande potência do futebol brasileiro, o time do Palestra Itália viveu época de ouro nos anos 90, conquistando oito títulos no período. Dentre eles, estão os dois Paulistões e os dois Brasileiros de 1993 e 1994, a Mercosul de 1998 e, claro, o maior deles, a Libertadores de 1999.

Nos anos 2000, apenas quatro conquistas: Rio-São Paulo e Copa dos Campeões em 2000, Série B do Brasileiro em 2003 e Paulista em 2008. É a hora da reviravolta alviverde.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Coxa na final, de novo

Pela segunda vez em sua história, e de forma consecutiva, o Coritiba está classificado para a decisão da Copa do Brasil.

Jogando em casa e precisando reverter o placar de 1 a 0 construído pelo São Paulo no primeiro jogo, no Morumbi, o time paranaense contou com a força de sua torcida para vencer o tricolor paulista por 2 a 0, sem grandes dificuldades.

O São Paulo, que começou improvisado com Rodrigo Caio na lateral, chegou a suportar nos primeiros dois terços da primeira etapa a pressão dos cerca de 28 mil torcedores Coxa Branca no Couto Pereira, que viam seu time melhor, porém sem chances de gol nos primeiros minutos.

A esperança tricolor estava em algum contra-ataque de Lucas ou uma jogada de Luís Fabiano, que mais uma vez falhou em sua jornada em um jogo decisivo.

Time de bom toque de bola, o alviverde do Paraná aderiu a um estilo ofensivo e contou com o apoio de sua fanática torcida para encurralar o time de Emerson Leão, que teve no segundo tempo duas chances, com Luis Fabiano, de falta, e chute de Lucas, de fazer o gol da classificação, porém esbarraram nas defesas do goleiro Vanderlei.

O Coritiba, com uma forte marcação e dois gols de cabeça, marcados por Emerson e Everton Ribeiro, chega à decisão da Copa do Brasil e dou o meu pitaco que com o maior favoritismo ao título, seja tanto Grêmio como Palmeiras o seu adversário na finalíssima.

Já o São Paulo, volta a ratificar sua má participação em torneios mata-mata atualmente. São, desde o título mundial de 2005, DEZESSETE revezes em torneios eliminatórios até aqui. Na Copa do Brasil, é o segundo fracasso seguido tricolor neste período, sem contar as seis derrotas em estaduais, as cinco em Libertadores, as três em Copas Sul-Americanas e a solitária em Recopa Sul-Americana. É um tabu considerável e incômodo para o torcedor são-paulino, que volta suas atenções para a busca do Hepta no Brasileirão.

A noite que o Pacaembu viu Danilo e Corinthians fazerem história

Depois de tanta luta, sofrimento, eliminações e dúvidas, finalmente o torcedor corintiano pôde comemorar a chegada de seu time a uma final de Libertadores.

E, cá entre nós, não é uma Libertadores qualquer. Ainda mais se tratando que o time eliminou na semifinal o nada mais nada menos atual campeão do torneio, o Santos de Neymar.

Diferente do time da Vila Belmiro, que ano passado bateu fracos concorrentes ao título, como o ruim Once Caldas, o mediano Cerro Porteño e o tradicional, porém limitado, Peñarol, que este ano nem da fase de grupos passou (talvez o América do México tenha sido o grande adversário do Peixe, mesmo não servindo muito de parâmetro), o Corinthians terá ENORME mérito se chegar ao título.

Pois, bater dois times brasileiros, entre eles o atual vice-campeão brasileiro e campeão da Copa do Brasil, o Vasco, e o atual tricampeão paulista e da própria Libertadores, o Santos, e ainda ou Universidad de Chile, atual campeão da Copa Sul-Americana, ou o Boca Júniors, HEXACAMPEÃO da competição, não é para qualquer um. Seria um título mais do que especial e merecido.

Os 45 minutos iniciais do jogo
O primeiro tempo do time deve ter assustado o torcedor corintiano, que viu seus jogadores muito recuados e permitindo a aproximação do Santos em sua área.

Willian foi mal e Rafael salvou o Santos nas duas melhores chances do Timão, em cobrança de falta de Alex e cabeçada de peixinho de Jorge Henrique.

O Santos foi melhor. Dominou a posse de bola, porém não criou grandes chances de gol.

Neymar furou Cássio pela primeira vez em toda a Libertadores e calou o Pacaembu, com quase 38 mil corintianos.

Fim. O filme das eliminações passadas rodava na cabeça da torcida do Corinthians, enquanto Tite tentava achar a solução para melhorar o time na segunda etapa.

Segundo tempo
Gol logo no começo e tranquilidade para administrar o empate que lhe favorecia.

O Corinthians voltou a ser Corinthians.

Marcação na saída de bola do Peixe, raça, vontade. Tite conseguiu novamente encurralar o Santos, que pouco criou e assustou o goleiro Cássio depois do intervalo.

Danilo, o cara
Destaque do São Paulo nas semifinais de 2005 contra o River Plate, marcando gols no Morumbi e no Monumental de Nuñez, Danilo voltou a brilhar nas semis do torneio mais importante de clubes das Américas e marcou o tento que levou o Corinthians à sua primeira final de Libertadores.

Figura mais do que importante no time de Tite, o camisa 20 pode se tornar bicampeão da competição, caso o Timão conquiste o troféu deste ano.

Erros do Santos
O Corinthians foi melhor na Vila e no segundo tempo do Pacaembu, isso não há dúvidas.

Analisando o jogo de ontem, se percebeu um time nervoso na etapa final e que desde o começo errou muitos passes na saída de bola com Adriano e Juan e lá na frente com Neymar e Ganso. Para quem precisava furar uma retranca como a do Corinthians, errar passes numa quantidade elevada seria mortal. E foi.

Campo molhado, bola escorregadia, defesa fechada. Tudo dificultava o jogo habitual do time de Muricy. Chegar na cara do goleiro adversário por passes e dribles, ou mesmo pelo alto, não adiantava. O que faltou foi arriscar chutes ao gol. Quem não chuta, não faz. Com a chuva, o time poderia usar Elano e Paulo Henrique Ganso para arriscarem finalizações de fora da área e surpreenderem Cássio. Faltou atitude e coragem aos santistas.

Consequências do resultado
No Timão o clima é o melhor dos últimos anos.

Campeão Brasileiro, finalista da Libertadores, batendo um arqui-rival na semifinal.

A confiança do time e da torcida estão elevadas e, repito, tem ENORMES chances de conquistar o título. O clima e as circunstâncias atuais jogam cada vez mais ao lado do time.

No Santos, Muricy estará pressionado, uma vez que o time precisará se recuperar rapidamente no Brasileiro e ainda perderá por um mês jogadores como Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael, que vão disputar os jogos Olímpicos de Londres pela seleção brasileira.

Se tratando do ano do Centenário, a torcida santista não vai perdoar maus resultados daqui pra frente, ainda mais após perder para um rival que julgam ser inadmissível uma derrota.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quem pode decidir o clássico?

Finalmente, chegou o dia tão esperado por corintianos e santistas. Hoje, quando o árbitro gaúcho Leandro Vuaden der o apito final, conheceremos o primeiro finalista da Copa Santander Libertadores 2012.

Mais do que isso, vivenciaremos a explosão de alegria e a tristeza de duas das maiores torcidas do futebol brasileiro. Será, sem dúvida alguma, o maior jogo da história entre Corinthians e Santos, dentre tantos confrontos que já fizeram história no decorrer destes cerca de 100 anos de vida de cada um desses clubes.

E para ilustrar e esquentar ainda mais os ânimos para o jogão desta noite, vamos citar alguns dos possíveis heróis de Corinthians e Santos em uma eventual classificação à decisão do torneio mais importante de clubes das Américas.

Neymar
Considerado um dos maiores jogadores do mundo atualmente e o melhor da América Latina, o camisa 11 do Peixe vem de uma sequência negativa tanto pelo clube da Baixada quanto pela seleção. Seu cansaço excessivo foi desculpa do time alvinegro praiano para a derrota no primeiro jogo contra o Timão. Após uma semana de descanso, é dos pés dele em que a torcida santista deposita as maiores esperanças de gols e jogadas mágicas nesta noite.

Paulo Henrique Ganso
Sabendo da forte e perfeita marcação que o time corintiano é capaz de fazer e com certeza fará hoje no Pacaembu, o camisa 10 do Santos tem a missão de armar as jogadas e tirar coelhos da cartola com seus passes e enfiadas de bola, que ele, como ninguém, sabe muito bem fazer em momentos decisivos.

Borges
Artilheiro do Brasileirão do ano passado, com 23 gols, o matador do peixe deverá entrar como titular hoje à noite e terá como missão furar pela primeira vez o goleiro Cássio na competição.

Alan Kardec
Herói do Peixe nas quartas de final contra o Vélez Sarsfield, marcando o gol que levou a decisão para os pênaltis, Kardec colocou Borges no banco nos últimos jogos e tem se destacado pelo time da Vila. É o vice artilheiro do Santos no ano, com onze gols, atrás apenas de Neymar, que tem 27 tentos anotados.

Muricy Ramalho
Técnico tetracampeão brasileiro, sete vezes campeão estadual e ganhador de uma Taça Libertadores, Muricy leva em seu currículo o status de técnico vencedor. É muito querido por seus jogadores e capaz de levar o Peixe a mais uma final com todo o seu talento.

Cássio
Até pouco tempo atrás terceiro goleiro do time do Parque São Jorge, o novo titular da meta corintiana ganhou destaque e moral entre os jogadores, torcedores e a mídia. Não levou gols ainda na competição sul-americana e salvou o time em momentos decisivos contra Emelec, Vasco e o próprio Santos no primeiro jogo. Sua altura e segurança em saídas de bola são os pontos fortes do Frankenstein do Timão.

Paulinho
Versátil, o volante apareceu sempre que necessário e foi o grande herói do time na classificação para as semifinais, no jogo contra o Vasco. No primeiro duelo contra o Santos deu a arrancada que resultou no gol de Emerson Sheik. É, sem dúvida, o maior destaque deste time de Tite.

Danilo
Campeão da Libertadores em 2005 pelo São Paulo, Danilo é hoje peça fundamental neste time do Corinthians. Valente, técnico e oportunista, o meia marcou gols importantes, principalmente de cabeça, pelo time alvinegro da capital.

Willian
Substituto do suspenso Emerson Sheik, expulso no primeiro duelo contra o Peixe, o atacante corintiano encara a partida contra o Santos como o maior desafio da carreira e promete vir com tudo para cima do time de Muricy Ramalho. Sua velocidade e habilidade são os pontos principais que podem fazer a diferença nesta noite, principalmente em contra-ataques.

Tite
Questionado muitas vezes pelos fiéis torcedores, o técnico vem aos poucos caindo nas graças da segunda maior torcida do Brasil por levar o Corinthians a igualar, até então, sua melhor campanha na Libertadores. Responsável por montar uma equipe consistente, principalmente no setor defensivo, Tite parece ter descoberto o segredo para levar o Timão ao tão sonhado título da competição sul-americana.

Torcida
Sem dúvidas, a torcida corintiana é uma das mais apaixonadas de todo o futebol brasileiro e mundial. Ao lado do time em todos os momentos e maioria absoluta nesta noite no Pacaembu, a Fiel não irá parar de cantar e pode ser decisiva para o time eliminar o Santos. Em contrapartida, se os jogadores não corresponderem em campo, toda essa motivação pode acabar virando pressão e jogar contra o Corinthians, o que pode custar caro ao apito final do árbitro.

Clima/Tempo/Campo
São Paulo amanheceu nesta quarta-feira com o céu nublado e chovendo em vários pontos da cidade. Esta chuva caiu sobre a capital paulista durante toda a madrugada e pode durar até a noite, próximo do horário do jogo e, inclusive, durante a partida. Com o campo molhado e pesado, o Corinthians pode se beneficiar, uma vez que poderá jogar para se defender do Santos, que tem como característica a velocidade e o toque de bola. Com o gramado em condições não muito privilegiadas para o bom futebol, quem jogar sem a preocupação inicial de marcar gols poderá levar vantagem.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ingredientes é o que não falta para a decisão

Pouco mais de 24 horas para a bola rolar na semifinal mais esperada da Libertadores 2012 e só se fala em Santos e Corinthians pelo país, principalmente em São Paulo, palco da decisão de amanhã.

Onde ligo minha TV, o meu rádio ou acesso sites de informação, o assunto principal é o clássico paulista que definirá o finalista da competição continental desta temporada.

Escalações, dúvidas, contusões, motivações, declarações, polêmicas... ingredientes para apimentar o jogão desta quarta não faltam!

E será sob enorme expectativa e emoção que os times de Tite e Muricy Ramalho irão à luta pela glória.

Para o peixe vale a vaga para sua quinta decisão de Libertadores em sua história centenária, que pode ser coroada com o quarto título do torneio.

Já no timão, a ansiedade se dá pela possibilidade do clube atingir sua primeira final na competição em toda sua existência e, mais do que isso, sua inédita, tão sonhada e almejada conquista.

A dúvida de Muricy Ramalho

O técnico do Santos, até o momento, não tem problema algum quanto a suspensões ou contusões em seu elenco para a partida contra o Corinthians.

A única pulga atrás da orelha do treinador santista é sobre a presença ou não de Elano no time titular. Em seus treinamentos, o meia foi sacado para entrada de Borges, tornando o Santos um time mais ofensivo, com Alan Kardec jogando pela direita, Neymar pela esquerda e o camisa 9 do peixe mais centralizado na área.

A decisão ainda não está confirmada pelo comandante do time litorâneo, porém, as chances de Elano começar jogando parecem remotas e JUSTAS, uma vez que o dono da camisa 8 não vem jogando bola há muito e tem sido alvo de críticas por grande parte dos torcedores do alvinegro praiano.

Recuperado?

Após a derrota no primeiro jogo, desculpas não faltaram para os santistas tentarem explicar o resultado negativo dentro de casa.

E foi o cansaço de Neymar o principal motivo alegado pelo time do litoral que ocasionou no revés para o timão.

Poupado no final de semana no jogo contra o Flamengo pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro, o craque moicano teve uma semana inteira para descansar e recuperar a sua melhor forma física. Em caso de eliminação, qual será a nova desculpa do Santos para explicar o fiasco?

Agora, se o camisa 11 realmente estiver voando, como se espera, é bom o Corinthians se cuidar, porque o menino vai querer decidir e pode conseguir isso a qualquer momento.

Tamanho da perda de Chicão

Se não puder contar com seu camisa 3 na partida contra o Santos, Tite poderá ter grandes dores de cabeça, uma vez que o substituto único e imediato para a posição é Wallace, que, cá entre nós, está bem abaixo do nível técnico de Chicão.

O zagueiro titular e capitão do Corinthians, além de seu poder de liderança e segurança no setor defensivo do time, é arma importante em bolas paradas, principalmente em cobranças de faltas e pênaltis, nos quais marcou a maioria de seus gols com a camisa corintiana.

Sua ausência não está confirmada e nem descartada, pelo menos até amanhã. Porém, lembrando que Emerson Sheik também não poderá jogar, por cumprir suspensão após cartão vermelho no último jogo, a perda de seu xerife pode fazer a diferença no duelo contra os santistas, que se dizem “mordidos” com a derrota em casa e que virão para cima do timão, mesmo jogando em um Pacaembu lotado de corintianos.

O substituto de Sheik

Willian, autor de cinco gols na temporada, já está definido como o responsável por fazer a função do camisa 11 contra o peixe.

Motivado ao dizer que será o grande jogo de sua vida, o atacante corintiano está aquém de seu companheiro suspenso, mas tem gabarito para incomodar a fraca defesa santista e velocidade suficiente para poder matar o jogo em algum contra-ataque.

É bom Edu Dracena e Durval não comemorarem tanto assim a ausência de Emerson Sheik, pois Willian tem futebol para brilhar e decidir para o Corinthians nesta quarta-feira.

sábado, 16 de junho de 2012

A Euro de ouro

Em sua 14ª edição, a Eurocopa inicia hoje a sua última rodada da fase de grupos com o fato inédito de nenhuma seleção ter garantido sua vaga às quartas-de-final até o momento.

Foram, até aqui, marcados 46 gols, em 16 jogos disputados. Média de 2,8 tentos por partida. Com excessão do grupo B, de Alemanha, Holanda, Portugal e Dinamarca, que marcaram 10 gols ao todo, todos os outros grupos tiveram a marca de 12 gols registrados, o que mostra o real equilíbrio da atual edição do torneio mais importante de seleções da Europa.

Com excessão da Alemanha, nenhum país possui o aproveitamento de 100% na competição. Foram duas vitórias em dois jogos, com três gols marcados e apenas um sofrido pelo time três vezes campeão europeu.

Nem mesmo a atual campeã europeia e do mundo, a Espanha, possui aproveitamento perfeito, registrando um empate e uma vitória no torneio. Vitória solitária que veio em grande estilo, com a goleada por 4 a 0 sobre a Irlanda, após o empate por 1 a 1 contra a Itália na estreia das duas seleções na Euro-2012.

As donas da casa

Polônia e Ucrânia, anfitriãs deste ano, vivem situações perigosas parecidas.

Com dois empates em dois jogos, a Polônia, em terceiro lugar no grupo A, precisa vencer a República Tcheca de qualquer maneira para garantir uma das oito vagas para as quartas-de-final.

Já a Ucrânia, com uma vitória e uma derrota no grupo D, fará confronto direto com a Inglaterra para ver quem avança à próxima fase. Só a vitória interessa ao time do astro Andrey Shevchenko.

Racismo e violência

Dois pontos negativos e, sem dúvidas, o maior de todos desta Eurocopa têm sido os casos de violência e racismo nos estádios e seus entornos.

Em diversas partidas, brigas entre torcedores e casos de discriminação a jogadores e torcedores negros têm manchado a edição 2012 da Euro. Uma pena acontecer este tipo de coisa, muito lamentável, em pleno século XXI em um dois maiores eventos esportivos do mundo.

Favoritos e Palpites

Classificados:

Grupo A: República Tcheca e Rússia
Grupo B: Alemanha e Portugal
Grupo C: Espanha e Croácia
Grupo D: França e Inglaterra

Quartas-de-final:

República Tcheca vs. Portugal
Alemanha vs. Rússia
Espanha vs. Inglaterra
França vs. Croácia

Semifinais:

Portugal vs. Espanha
Alemanha vs. França

Terceiro Lugar:
Portugal vs. França (França vence)

Final: Espanha vs. Alemanha (Repetição da final de 2008)

Campeã: Espanha

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Noite dos campeões

Fechando a rodada de semifinais da Taça Libertadores da América e da Copa do Brasil, dois jogos deram a vantagem para a partida de volta na semana que vem para dois dos maiores clubes vencedores da América do Sul: Boca Júniors e São Paulo.

Pelo torneio continental, o time do maestro Juan Román Riquelme, sob olhares de Maradona e Carlos Tévez, bateu dentro de casa, na temida La Bombonera, o Universidad de Chile pelo placar de 2 a 0, gols de Santiago Silva e Sánchez Miño.

Com o resultado, os argentinos podem perder por até dois gols de diferença no Chile, desde que marquem um ou mais gols, para avançar à final. Já a La U precisará de um milagre para evitar a décima decisão do time azul e amarelo de Buenos Aires na maior competição do continente sul americano.

Como já adianto desde a formação das oitavas-de-final, o Boca é o grande favorito ao título e dará muito trabalho tanto para Corinthians quanto para Santos em uma eventual final.

Lucas decide no Morumbi

Em jogo muito disputado e até com certa vantagem paranaense, o São Paulo suou para conseguir bater o Coritiba dentro de casa.

E foi dos pés do camisa 7, o craque do time, que saiu o tento salvador do tricolor paulista.

Em jogada individual, Lucas arrancou, passou por três marcadores e bateu cruzado, sem chances para o goleiro Vanderlei (abre o olho, Mano, pois o menino merece uma chance no time titular da seleção, ao menos em Londres).

Festa dos cerca de 40 mil são paulinos presentes no Cícero Pompeu de Toledo, que até pouco tempo antes se irritavam com a atuação do time de Emerson Leão, que jogou boa parte da etapa final com um menos (por conta da expulsão do zagueiro Paulo Miranda, fora da segunda e decisiva partida) e não conseguia se impor no ataque.

Com a vitória tricolor, o confronto paulista na grande final da competição nacional, entre o time do Morumbi e o Palmeiras, parece estar mais próximo de acontecer e, assim como Santos e Corinthians, tem tudo para mexer com os ânimos e o coração dos torcedores de todo o estado de São Paulo.

Uma coisa é certa: grandes emoções vêm por aí na Liberta e na Copa do Brasil.

Corinthians e Palmeiras surpreendem e largam na frente

Enquanto muitos davam como certas as vitórias de Grêmio e Santos pelo primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil e da Libertadores, respectivamente, timão e verdão fizeram o que ninguém esperava: vencer fora de casa.

O jogo do estádio Olímpico marcava o reencontro de duas potências do futebol brasileiro nos anos 90, justamente com os técnicos (Luxemburgo e Felipão) em comandos invertidos àquelas ocasiões passadas. O time do Palestra Itália foi a campo com a missão de tentar pelo menos um empate ou uma derrota com gols para voltar à São Paulo com boas chances de classificação.

A surpresa

Melhor do que isso, e o que ninguém esperava, venceu por 2 a 0, com os dois tentos marcados após os 40 minutos finais. Um banho de água fria nos cerca de 45 mil tricolores que apoiaram o Grêmio durante todo o jogo.

O Palmeiras joga agora podendo perder por até um gol de diferença dentro de casa. Para avançar à decisão, o time gaúcho precisa vencer por três gols a mais ou por uma vantagem de dois tentos, desde que faça pelo menos três gols. Realmente, ficou bem complicado para os tricolores do sul.

Na Libertadores

Por falar em complicação, a torcida santista deverá passar uma semana daquelas. Isso porque o time da Vila Belmiro, contando com o apoio de 15 mil torcedores, sofreu uma derrota, até certo ponto, inesperada para o rival Corinthians.

Jogando de forma inteligente e anulando as ações santistas e principalmente de Neymar, o time do Parque São Jorge, mesmo não criando muitas chances, acabou marcando o único gol do jogo com Emerson Sheik, que foi um verdadeiro GOLAÇO! Créditos a Paulinho, que deu a arrancada que iniciou a jogada do tento corintiano e deu o passe para o camisa 11 anotar o 1 a 0.

Em campo, era notável ver um Corinthians muito mais disposto que o Santos. Parecia que a importância da partida era muito maior para os alvinegros da capital do que para os do litoral. Acredito que no segundo jogo o peixe tenha outra postura. O único problema é que poderá ser tarde demais para uma eventual virada.

A defesa corintiana, a melhor de todo o torneio, não sabe o que é sofrer gols na Libertadores há seis jogos e certamente não será agora que o time deixará a história mudar, ainda mais sabendo dos riscos que corre por ter Ganso e Neymar do outro lado.

Craques apagados

Por falar neles, a atuação dos dois foi um pouco distinta do script. Enquanto se esperava um Ganso mais cauteloso por estar voltando de uma cirurgia recente, o maestro santista foi a principal arma do peixe em enfiadas de bola e trocas de passes, mesmo sob forte marcação dos volantes corintianos, que neutralizaram a maior parte das tentativas do camisa 10 do peixe, uma vez que Elano, de novo, esteve mal, Arouca mostrava estar sem ritmo de jogo e Alan Kardec figura apagada em meio a boa marcação da defesa corintiana.

Já Neymar, de quem muito sempre se espera, novamente não conseguiu ser o jogador que desequilibra e facilitou o trabalho dos defensores rivais. O menino já está começando a dever um pouco nas últimas partidas. Talvez o cansaço dos jogos decisivos e amistosos à fora com a seleção brasileira seja o maior motivo disso.

Favorito mudou

Enfim, o favoritismo agora é quase total do Corinthians, que jogará por um empate no Pacaembu. O Santos, se quiser avançar à final da competição, precisará vencer o jogo por qualquer placar, menos o 1 a 0, que leva a decisão aos pênaltis.

É bom lembrar, também, que Emerson Sheik está fora do segundo jogo por conta da expulsão sofrida após cometer faltas em Adriano e Neymar, as duas no segundo tempo. Poderá fazer muita falta.

Tudo em aberto ainda, porém a vaga está com mais cara de Corinthians.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O maior jogo da história


Assim que Santos Futebol Clube e Sport Club Corinthians Paulista pisarem no gramado da Vila Belmiro esta noite, o maior confronto da história deste clássico terá início, cujo final só saberemos na próxima quarta-feira, no Pacaembu, em São Paulo. De fato, pelo peso que tem o torneio continental, este será o duelo mais importante deste clássico quase centenário.

Clássico mais antigo do futebol paulista, peixe e timão disputam uma vaga na final da Libertadores 2012. O eventual título da competição significará o tetra para o time do litoral ou a conquista inédita e tão sonhada do alvinegro da capital. Eis, também, que este será o primeiro duelo INTERNACIONAL entre as duas equipes, o que apimenta ainda mais esta semifinal.

Em campo, os dois times vêm com força máxima. Tite com o que tem de melhor em seu plantel. No Santos, a única dúvida fica por conta de Paulo Henrique Ganso, que, a meu ver, deverá entrar como titular.

Se, ao começar a competição, o time de Neymar era tido como amplo favorito, HOJE não se pode ter mais essa certeza. O Corinthians se mostrou durante todo o torneio um grande time, com uma defesa bem compacta, um elenco unido e que cresceu muito ao longo da disputa. Tenho a certeza que, diferente do que se pensava em fevereiro, quando começou a Libertadores, hoje, o timão assusta o peixe, que, de certa forma, ainda tem certo favoritismo por ter Neymar e Ganso no time.

Serão dois jogos completamente abertos e sem previsão de vencedor. Só não resta dúvida de que tanto hoje como quarta que vem, São Paulo e o Brasil irão parar para acompanhar o maior confronto de todos os tempos entre Santos e Corinthians.

A história

São 304 jogos ao todo na história deste clássico, com 122 vitórias corintianas, 97 vitórias santistas e 85 empates.

O primeiro confronto entre os times foi em 22 de junho de 1913, no Palestra Itália, onde o peixe bateu o timão pelo placar de 6 a 3.

O último jogo entre as equipes foi este ano, pela primeira fase do Campeonato Paulista, na Vila Belmiro, com vitória santista por 1 a 0, gol de Ibson, hoje de volta ao Flamengo.

Maiores vitórias
O maior êxito do Santos contra o rival aconteceu em 4 de setembro de 1927, em jogo válido pelo Paulistão, com o placar de 8 a 3, dentro do Parque São Jorge.

O Corinthians, por sua vez, tem como sua maior vitória em cima dos rivais da baixada o placar de 11 a 0, em 11 de julho de 1920, também pelo Campeonato Paulista, em plena Vila Belmiro.

Tabus
Quando o assunto é tabu, logo os santistas se recordam dos 11 anos sem perder para o timão nos tempos de Pelé. Foram 22 jogos invictos contra o clube da capital, que só voltou a vencer o peixe em duelo válido pelo primeiro turno do Paulistão, no dia 6 de março de 1968, com vitória por 2 a 0, no Pacaembu.

Já o maior tabu do Corinthians sobre o Santos durou cerca de 7 anos: de 13 de junho de 1976 a 23 de outubro de 1983. A sequência invicta dos corintianos foi quebrada em jogo do segundo turno do Paulista, em vitória por 2 a 0 do peixe no Morumbi.

Decisões
Quando se trata de finais ou jogos importantes, torcedores de Santos e Corinthians vivem momentos de tensão. Dentre as decisões mais importantes entre os dois clubes destacam-se finais de Paulistões e de um Brasileiro, sem esquecer, claro, da semifinal do Estadual de 2001, quando o timão venceu o peixe por 2 a 1, com gol de Ricardinho aos 47 minutos do segundo tempo. Aquela classificação rendeu ao time do Parque São Jorge o título de campeão Paulista daquele ano.

Finais de Estadual
1930 - Santos 2x5 Corinthians - Corinthians campeão
1935 - Corinthians 0x2 Santos - Santos campeão
1984 - Corinthians 0x1 Santos - Santos campeão
2009 - Santos 1 x 3 Corinthians (Primeiro jogo) - Corinthians 1 x 1 Santos (Segundo jogo) - Corinthians campeão
2011 - Corinthians 0 x 0 Santos (Primeiro jogo) - Santos 2 x 1 Corinthians (Segundo jogo) - Santos campeão

Final de Brasileiro
2002 - Santos 2x0 Corinthians (Primeiro jogo) - Corinthians 2x3 Santos (Segundo jogo) - Santos campeão

Jogos históricos
Tanto santistas como corintianos já comemoraram diversas vitórias e façanhas contra o clube rival. Mas têm aquelas que ninguém esquece e são lembradas até hoje.

Do lado corintiano, o grande motivo de chacota perante aos santistas é a goleada por 7 a 1 pelo Campeonato Brasileiro de 2005, em dia de Carlitos Tévez e Nilmar no Pacaembu.

Não se pode deixar de mencionar, também, a final do Estadual de 2009, na qual o fenômeno Ronaldo fez chover no primeiro jogo, na Vila Belmiro, com dois gols, um deles de cobertura. Esta decisão ficou marcada na memória de santistas e, principalmente, de corintianos, que fazem questão de lembrar os rivais até hoje.

Já pelo clube da baixada, o maior motivo de causar dores de cabeças na torcida adversária é a lembrança das oito pedaladas de Robinho, na final do Brasileirão de 2002, quando o time dirigido pelo técnico Emerson Leão tirou o Santos da fila de 18 anos sem grandes conquistas.

Em 2011, veio o troco da derrota para o time de Ronaldo. Em dia inspirado, Neymar se vingou do Corinthians e marcou o segundo gol da vitória por 2 a 1, que garantiu o 19º troféu do Paulistão para o Santos em sua história.