terça-feira, 26 de junho de 2012

Corinthians desafia arbitragem, mitos e histórico ruim para ser campeão

É amanhã! O dia, ou melhor, a noite, em que os corintianos mais esperaram finalmente chegou.

Quando o árbitro chileno Enrique Osses der início ao jogo na temida La Bombonera, começará a última batalha de 180 minutos para o Corinthians poder, enfim, conquistar a América.

Engana-se, porém, quem acha que será fácil para o Timão. Contra o atual campeão brasileiro, vários aspectos serão colocados à frente para serem batidos e esquecidos. Confira:

Apitos que assombram
Quem não se lembra do vexame corintiano em 2011 contra o Tolima na Pré-Libertadores? Para relembrar ainda mais este fantasma, o juiz da primeira partida será o mesmo que apitou o jogo de ida daquela ocasião, disputado no Pacaembu. Em caso de derrota brasileira, Enrique Osses será considerado o Mick Jagger sul-americano pelos torcedores do Timão.

Para piorar, no segundo duelo, marcado para a próxima quarta-feira, no Pacaembu, o quarto árbitro, aquele que figura próximo aos bancos de reservas, será José Buitrago, acusado pelos corintianos por favorecimento ao time do Emelec no primeiro jogo das oitavas de final da atual edição da Libertadores, no Equador. Segundo o time do Parque São Jorge, Buitrago, além de inverter algumas faltas, acabou intimidando alguns jogadores brasileiros e expulsou Jorge Henrique injustamente.

O mito da Bombonera
Quem nunca viu ou ouviu falar do estádio do maior clube da Argentina e não sentiu, no mínimo, um frio na barriga ao se imaginar disputando uma final de Libertadores naquele campo?

Depois de inúmeros revezes brasileiros na La Bombonera, o Corinthians tenta ser o segundo time brasileiro a derrotar o Boca em uma decisão de Libertadores (o único, até hoje, foi o Santos de Pelé).

Palmeiras, o próprio Santos, além de São Caetano, Grêmio e Fluminense foram algumas das vítimas do hexacampeão sul-americano. Aliás, o Paysandú, que chegou a derrotar o Boca em Buenos Aires por 1 a 0 e acabou sofrendo a virada no placar agregado dentro do Mangueirão na Libertadores de 2003 (4 a 2), também entra nesta lista.

Taça que incomoda
Cinco vezes campeão brasileiro, bicampeão da Copa do Brasil, 26 vezes campeão paulista e campeão mundial, o Corinthians é, de fato, um dos maiores clubes da história do futebol brasileiro e mundial. Porém, por nunca ter conquistado a Libertadores, o time acaba virando motivo de chacota dos maiores rivais, os quais, todos, possuem o título mais cobiçado das Américas.

No “quase” por diversas vezes, o Timão chega à sua primeira final em 52 anos de Libertadores com um cartel considerável de fiascos. Derrotas para Boca Júniors, Grêmio, Palmeiras (duas vezes), River Plate (duas vezes), Flamengo e Tolima marcam o histórico de fracassos corintianos na competição. E é por isso, que este ano o título tem se tornado mais do que obrigação para os fiéis torcedores.

Os carrascos em finais
Além de todo o histórico próprio, os mitos e a arbitragem, o Timão terá ainda outro problema pela frente: a freguesia brasileira para os bicampeões do mundo.

Em toda a história da Libertadores, foram disputadas, até aqui, doze finais entre times brasileiros e argentinos. E os números não são nada bons: são nove vitórias de clubes de nossos vizinhos contra três conquistas verde e amarela. E, pior que isso, a última vez em que um clube do futebol pentacampeão mundial levantou a taça em cima de um hermano foi há exatos 20 anos, quando o São Paulo bateu o Newells's Old Boys no Morumbi.

Dentre todas as conquistas argentinas, só o Boca foi responsável por quatro destes títulos, batendo o Cruzeiro em 1977, o Palmeiras em 2000, o Santos em 2003 e o Grêmio em 2007, curiosamente, todos já campeões do torneio.

Confira abaixo todas as decisões entre Brasil e Argentina na Taça Libertadores da América:

1963: Santos campeão em cima do Boca Júniors
1968: Estudiantes campeão em cima do Palmeiras
1974: Independiente campeão em cima do São Paulo
1976: Cruzeiro campeão em cima do River Plate
1977: Boca Júniors campeão em cima do Cruzeiro
1984: Independiente campeão em cima do Grêmio
1992: São Paulo campeão em cima do Newell's Old Boys
1994: Vélez Sarsfield campeão em cima do São Paulo
2000: Boca Júniors campeão em cima do Palmeiras
2003: Boca Júniors campeão em cima do Santos
2007: Boca Júniors campeão em cima do Grêmio
2009: Estudiantes campeão em cima do Cruzeiro

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