quinta-feira, 21 de junho de 2012

A noite que o Pacaembu viu Danilo e Corinthians fazerem história

Depois de tanta luta, sofrimento, eliminações e dúvidas, finalmente o torcedor corintiano pôde comemorar a chegada de seu time a uma final de Libertadores.

E, cá entre nós, não é uma Libertadores qualquer. Ainda mais se tratando que o time eliminou na semifinal o nada mais nada menos atual campeão do torneio, o Santos de Neymar.

Diferente do time da Vila Belmiro, que ano passado bateu fracos concorrentes ao título, como o ruim Once Caldas, o mediano Cerro Porteño e o tradicional, porém limitado, Peñarol, que este ano nem da fase de grupos passou (talvez o América do México tenha sido o grande adversário do Peixe, mesmo não servindo muito de parâmetro), o Corinthians terá ENORME mérito se chegar ao título.

Pois, bater dois times brasileiros, entre eles o atual vice-campeão brasileiro e campeão da Copa do Brasil, o Vasco, e o atual tricampeão paulista e da própria Libertadores, o Santos, e ainda ou Universidad de Chile, atual campeão da Copa Sul-Americana, ou o Boca Júniors, HEXACAMPEÃO da competição, não é para qualquer um. Seria um título mais do que especial e merecido.

Os 45 minutos iniciais do jogo
O primeiro tempo do time deve ter assustado o torcedor corintiano, que viu seus jogadores muito recuados e permitindo a aproximação do Santos em sua área.

Willian foi mal e Rafael salvou o Santos nas duas melhores chances do Timão, em cobrança de falta de Alex e cabeçada de peixinho de Jorge Henrique.

O Santos foi melhor. Dominou a posse de bola, porém não criou grandes chances de gol.

Neymar furou Cássio pela primeira vez em toda a Libertadores e calou o Pacaembu, com quase 38 mil corintianos.

Fim. O filme das eliminações passadas rodava na cabeça da torcida do Corinthians, enquanto Tite tentava achar a solução para melhorar o time na segunda etapa.

Segundo tempo
Gol logo no começo e tranquilidade para administrar o empate que lhe favorecia.

O Corinthians voltou a ser Corinthians.

Marcação na saída de bola do Peixe, raça, vontade. Tite conseguiu novamente encurralar o Santos, que pouco criou e assustou o goleiro Cássio depois do intervalo.

Danilo, o cara
Destaque do São Paulo nas semifinais de 2005 contra o River Plate, marcando gols no Morumbi e no Monumental de Nuñez, Danilo voltou a brilhar nas semis do torneio mais importante de clubes das Américas e marcou o tento que levou o Corinthians à sua primeira final de Libertadores.

Figura mais do que importante no time de Tite, o camisa 20 pode se tornar bicampeão da competição, caso o Timão conquiste o troféu deste ano.

Erros do Santos
O Corinthians foi melhor na Vila e no segundo tempo do Pacaembu, isso não há dúvidas.

Analisando o jogo de ontem, se percebeu um time nervoso na etapa final e que desde o começo errou muitos passes na saída de bola com Adriano e Juan e lá na frente com Neymar e Ganso. Para quem precisava furar uma retranca como a do Corinthians, errar passes numa quantidade elevada seria mortal. E foi.

Campo molhado, bola escorregadia, defesa fechada. Tudo dificultava o jogo habitual do time de Muricy. Chegar na cara do goleiro adversário por passes e dribles, ou mesmo pelo alto, não adiantava. O que faltou foi arriscar chutes ao gol. Quem não chuta, não faz. Com a chuva, o time poderia usar Elano e Paulo Henrique Ganso para arriscarem finalizações de fora da área e surpreenderem Cássio. Faltou atitude e coragem aos santistas.

Consequências do resultado
No Timão o clima é o melhor dos últimos anos.

Campeão Brasileiro, finalista da Libertadores, batendo um arqui-rival na semifinal.

A confiança do time e da torcida estão elevadas e, repito, tem ENORMES chances de conquistar o título. O clima e as circunstâncias atuais jogam cada vez mais ao lado do time.

No Santos, Muricy estará pressionado, uma vez que o time precisará se recuperar rapidamente no Brasileiro e ainda perderá por um mês jogadores como Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael, que vão disputar os jogos Olímpicos de Londres pela seleção brasileira.

Se tratando do ano do Centenário, a torcida santista não vai perdoar maus resultados daqui pra frente, ainda mais após perder para um rival que julgam ser inadmissível uma derrota.

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