E, cá entre nós, não é uma Libertadores qualquer. Ainda mais
se tratando que o time eliminou na semifinal o nada mais nada menos atual campeão
do torneio, o Santos de Neymar.
Diferente do time da Vila Belmiro, que ano passado bateu
fracos concorrentes ao título, como o ruim Once Caldas, o mediano Cerro Porteño
e o tradicional, porém limitado, Peñarol, que este ano nem da fase de grupos
passou (talvez o América do México tenha sido o grande adversário do Peixe,
mesmo não servindo muito de parâmetro), o Corinthians terá ENORME mérito se
chegar ao título.
Pois, bater dois times brasileiros, entre eles o atual
vice-campeão brasileiro e campeão da Copa do Brasil, o Vasco, e o atual tricampeão
paulista e da própria Libertadores, o Santos, e ainda ou Universidad de Chile,
atual campeão da Copa Sul-Americana, ou o Boca Júniors, HEXACAMPEÃO da competição,
não é para qualquer um. Seria um título mais do que especial e merecido.
Os 45 minutos iniciais do jogo
O primeiro tempo do time deve ter assustado o torcedor
corintiano, que viu seus jogadores muito recuados e permitindo a aproximação do
Santos em sua área.
Willian foi mal e Rafael salvou o Santos nas duas melhores
chances do Timão, em cobrança de falta de Alex e cabeçada de peixinho de Jorge
Henrique.
O Santos foi melhor. Dominou a posse de bola, porém não
criou grandes chances de gol.
Neymar furou Cássio pela primeira vez em toda a Libertadores
e calou o Pacaembu, com quase 38 mil corintianos.
Fim. O filme das eliminações passadas rodava na cabeça da
torcida do Corinthians, enquanto Tite tentava achar a solução para melhorar o
time na segunda etapa.
Segundo tempo
Gol logo no começo e tranquilidade para administrar o empate
que lhe favorecia.
O Corinthians voltou a ser Corinthians.
Marcação na saída de bola do Peixe, raça, vontade. Tite
conseguiu novamente encurralar o Santos, que pouco criou e assustou o goleiro
Cássio depois do intervalo.
Danilo, o cara
Destaque do São Paulo nas semifinais de 2005 contra o River
Plate, marcando gols no Morumbi e no Monumental de Nuñez, Danilo voltou a
brilhar nas semis do torneio mais importante de clubes das Américas e marcou o
tento que levou o Corinthians à sua primeira final de Libertadores.
Figura mais do que importante no time de Tite, o camisa 20 pode
se tornar bicampeão da competição, caso o Timão conquiste o troféu deste ano.
Erros do Santos
O Corinthians foi melhor na Vila e no segundo tempo do
Pacaembu, isso não há dúvidas.
Analisando o jogo de ontem, se percebeu um time nervoso na
etapa final e que desde o começo errou muitos passes na saída de bola com
Adriano e Juan e lá na frente com Neymar e Ganso. Para quem precisava furar uma
retranca como a do Corinthians, errar passes numa quantidade elevada seria
mortal. E foi.
Campo molhado, bola escorregadia, defesa fechada. Tudo
dificultava o jogo habitual do time de Muricy. Chegar na cara do goleiro adversário
por passes e dribles, ou mesmo pelo alto, não adiantava. O que faltou foi
arriscar chutes ao gol. Quem não chuta, não faz. Com a chuva, o time poderia
usar Elano e Paulo Henrique Ganso para arriscarem finalizações de fora da área
e surpreenderem Cássio. Faltou atitude e coragem aos santistas.
Consequências do resultado
No Timão o clima é o melhor dos últimos anos.
Campeão Brasileiro, finalista da Libertadores, batendo um arqui-rival
na semifinal.
A confiança do time e da torcida estão elevadas e, repito, tem
ENORMES chances de conquistar o título. O clima e as circunstâncias atuais
jogam cada vez mais ao lado do time.
No Santos, Muricy estará pressionado, uma vez que o time
precisará se recuperar rapidamente no Brasileiro e ainda perderá por um mês
jogadores como Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael, que vão disputar os jogos
Olímpicos de Londres pela seleção brasileira.
Se tratando do ano do Centenário, a torcida santista não vai
perdoar maus resultados daqui pra frente, ainda mais após perder para um rival
que julgam ser inadmissível uma derrota.
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