sexta-feira, 25 de maio de 2012

Depois de muito sufoco, Santos e Corinthians fazem duelo mais importante da história

Clubes centenários, Santos e Corinthians já decidiram diversos títulos e fizeram inúmeros jogos históricos. Mas, pela importância da competição e o grau de rivalidade ao qual se encontram hoje, sem dúvida alguma, esta semifinal de Libertadores será marcada como o confronto mais importante da história deste clássico.

Tanto Santos quanto o Corinthians sofreram para chegarem às semifinais desta competição. Sim, o timão até menos que o peixe. Ganhou por 1 a 0, o necessário para evitar disputa por pênaltis e eliminar de forma direta o seu adversário, o Vasco.

O Santos, não. Ganhou, também, por 1 a 0, mas não o suficiente para evitar os penais. Felizmente, para a torcida litorânea, o time de Neymar escapou do Vélez Sarsfield e também está garantido entre os quatro melhores times da América em 2012.

Citei, na semana passada, que em seu primeiro maior desafio na competição continental, o time da Vila Belmiro havia falhado. E, de fato, falhou mesmo. Acovardado pela pressão e a forte marcação argentina, o time santista não jogou em Buenos Aires e teve o seu maior astro, Neymar, completamente anulado pela defesa rival.

Pois, bem. Em Santos, onde todos pensavam que poderia ser diferente, não foi. Neymar, novamente, não conseguiu ser o mesmo craque que desequilibrou partidas importantes como contra o São Paulo, Guarani ou mesmo o Bolívar. Enquanto um primeiro marcador dava o primeiro combate, outros dois na cobertura ficavam na sobra para arrancar a bola da joia santista.

Desse modo, o Santos passou a apostar em chuveirinhos e chutes de longa distância, pois com as duas linhas de quatro que o Vélez fazia, não havia como se infiltrar na área adversária pelo toque de bola, principal característica do time comandado por Muricy Ramalho.

Neymar e Ganso comemoram classificação
santista (Foto: Globoesporte.com)
Em momentos do jogo, parecia que não ia dar, que seria impossível penetrar aquela defesa, mas o Santos teve como sua maior virtude a PACIÊNCIA. Tocou a bola pra lá, tocou pra cá, rodou, fez a bola girar o campo inteiro até encontrar algum espaço.

Realmente, um time muito mais maduro do que o do ano passado. E foi assim que, aos 32 minutos do segundo tempo, Ganso achou Léo, que, de primeira, tocou para Alan Kardec. O camisa 19, que já havia perdido gol claro, minutos antes, girou e bateu cruzado, fazendo aquele gol que seria determinante para a classificação santista.

Por fim, o peixe bateu o Vélez nos pênaltis, coisa que o São Paulo, também tri campeão da competição, não fez no Morumbi, em 1994, na decisão do torneio, e comprovou mais uma vez a sua força, agora passando por um verdadeiro grande teste.

Ao contrário do que Muricy disse após a vitória heroica do time santista, ontem à noite, eu discordo que Santos e Corinthians seja a final antecipada da Libertadores 2012. Até porque do outro lado temos o atual campeão da Sul Americana, o perigoso Universidad de Chile, e o nada mais, nada menos HEXA campeão de Libertadores, o BOCA JÚNIORS, que adora aprontar para cima de brasileiros (Palmeiras em 2000 e 2001, Paysandú e Santos em 2003, Grêmio em 2007 e Fluminense em 2012).

É bom santistas e corintianos pensarem primeiro no confronto entre si e depois, somente, no Boca ou na La U. Chelsea? Primeiro ganhem a Libertadores, para depois sonharem com o Mundial.

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