Assim que o árbitro Marcelo Rogério sinalizou o término da
primeira semifinal do Campeonato Paulista de 2014, o Santos chegava a
impressionante marca de seis finais consecutivas, algo inédito na história do
futebol do estado de São Paulo.
Já no ano passado, o Peixe, ao chegar à sua quinta
finalíssima em seguida, superou a marca de quatro decisões do São Paulo entre os
anos de 1980 e 1983, quando conquistou o título nas duas primeiras
oportunidades, contra o próprio Santos e frente à Ponte Preta, e acabou perdendo as outras duas para
o Corinthians da Democracia.
Se levarmos em conta a época dos pontos corridos no Campeonato Paulista, que foi
utilizada de forma fixa até meados da década de 70, a maior marca de títulos e
vices consecutivos também é do time da Vila Belmiro, que ficou nas duas
primeiras posições durante oito temporadas seguidas, entre 1955 e 1962, sagrando-se
campeão em seis oportunidades.
O fato mais curioso é que em 1959 houve uma decisão, pois
Santos e Palmeiras empataram em número de pontos e tiveram de decidir em três
jogos finais o título daquele ano no chamado Supercampeonato. Após dois empates
(1x1 e 2x2) e uma vitória por 2x1, o alviverde levou a melhor e conquistou o
título em cima do rival naquela que seria a ÚNICA FINAL da história entre
Santos e Palmeiras até os dias de hoje.
A chance de uma revanche estava mais do que prevista para 2014,
mas os deuses do futebol, como diz Mano Menezes, não permitiram. Ou melhor, Marcelinho,
do Ituano, não permitiu, quando colocou a bola no canto esquerdo do goleiro
Bruno na noite de ontem, aos 38 minutos do segundo tempo da segunda semifinal do Paulistinha.
Após quase 100 anos de clássico, Santos e Palmeiras deverão
esperar um pouco mais para disputarem somente pela segunda vez uma finalíssima
entre si.
Frente a um adversário menos badalado e teoricamente mais fraco, o time da Vila, que chega à sua sexta decisão em sequência, vê
o 21º título estadual cada vez mais perto. E se depender das coincidências do
futebol, o caneco pode estar garantido desde já. Isso porque desde 1998 o Peixe
jamais deixou de levantar uma taça em ano de Copa do Mundo. Em 1998 conquistou
a Copa Conmebol, em 2002 o Campeonato Brasileiro, em 2006 o Paulistão e em 2010
repetiu a dose com outro Paulistão e venceu pela primeira vez em sua história a
Copa do Brasil.
Ano de Copa é ano de alegria para os santistas? Veremos em
duas semanas... se os deuses do futebol permitirem.
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