Ontem, 4 de março de 2013, tive uma oportunidade, talvez
única, de conhecê-lo, entrevistá-lo rapidamente e de tirar uma foto ao lado dele,
sempre atento como uma criança às histórias contadas durante as quase duas
horas de bate-papo informal lá na sede da Aceesp, na Avenida Paulista.
Para um apaixonado por Fórmula 1 como eu, que com seis anos
de idade guardava um jornal velho com um especial sobre a temporada de 1997 e
decorava o capacete de cada piloto, reconhecendo-os na pista pela televisão, ou
mesmo o trajeto de cada circuito e brincando em casa com meus carrinhos como se
estivesse pilotando em algum deles, a noite de ontem valeu como uma aula de
jornalismo, de Fórmula 1 e de vida.
Furos, reportagens, amizades, desentendimentos, viagens,
emoções. Estas são só algumas palavras-chave sobre como posso resumir um pouco
a vida profissional de Reginaldo, que sempre viveu tão perto intimamente de
lendas da Fórmula 1 como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Alain
Prost, entre outros.
A descrição da história de cada um desses pilotos, e
principalmente sua relação com eles, vinha tão à tona durante a palestra, que eu
pude ter a sensação de ter os conhecido tão bem quanto ele, quando na verdade o
máximo que posso dizer que sei deles é o que fizeram nas pistas e o que todo
mundo viu na televisão, nos jornais, livros, documentários ou vê hoje na
internet.
Um pouco da carreira
Reginaldo começou sua carreira no jornal O Estado de São
Paulo, onde trabalhou por quase 11 anos. Em 1978 foi para a TV Globo e
conciliou por um ano sua vida profissional com o jornal impresso. A partir de
1979, passou a se dedicar somente para a televisão pela emissora carioca.
Ele foi o primeiro jornalista a cobrir regularmente o
automobilismo no Brasil, mais precisamente a F-1. Isso aconteceu em 1972, ano
marcado pela primeira das duas conquistas de Emerson Fittipaldi na categoria. Nesta
ocasião, ele só foi capaz de trabalhar na reta final do campeonato, já que até
Fittipaldi despontar como favorito ao título, a imprensa nacional não dava
tanta importância ao automobilismo, nem mesmo à Fórmula 1.
A partir de 1973, com exceções das temporadas de 76 e 77,
quando cobriu a F-1 a
distância por causa do fraco desempenho verde e amarelo nas pistas, Leme esteve
presente em todas as edições do campeonato mundial até os dias de hoje.
* Assim como Reginaldo
Leme, confesso que reescrevi algumas vezes (e não 40 como ele, hahaha) este
texto antes de publicar.
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