quarta-feira, 6 de março de 2013

O choro por Chorão

Meu, tu não sabe o que aconteceu! O CARA do Charlie Brown se foi, mas ficará na eternidade!

Santo ninguém é. Chorão, muito menos foi. Mas não estou aqui pra tachar ninguém de vagabundo, só porque ele tinha uma magrela, um apê no BNH e andava de trem enquanto outros de limusine, o que também não quer dizer que sua História foi Mal Escrita.

Pode ter sido um cara polêmico, que muitas vezes se desviou por caminhos ruins, "mas ele fez acontecer, de vagabundo a gerador de empregos, PODE CRER!" E nunca Viveu em Vão. Coisa que Só os Loucos Sabem.

O Charlie Brown Jr. pode não ter sido a melhor banda, pelo contrário, mas nunca sairá da minha mente, pois foi a trilha sonora da minha adolescência, das minhas amizades mais verdadeiras e das histórias mais loucas que tenho para contar de shows.

Vivendo Nesse Absurdo, ele me ensinou a Lutar Pelo O Que É Meu e tinha muita razão: "A gente passa a entender melhor a vida quando encontra o verdadeiro amor".

Cara de Puro Sangue, de skate ele veio, de skate ele vai. Saiu de Santos, veio para a Cidade Grande, virou Rubão, o Dono do Mundo com sua música. Abriu nossos Olhos buscando a Liberdade Acima de Tudo. Viveu O Lixo e o Luxo.

Há quem diga que entrou em um Beco Sem Saída e pagou O Preço. E daí... ele tinha O Dom, a Inteligência e a Voz. Foi o Errado Que Deu Certo. Não foi Senhor do Tempo, mas sabia que iria chover e hoje o Céu Azul é todo dele. Agora encontrou o seu Lugar Ao Sol.

Santista de coração, morreu cedo, com 42 anos. Talvez A Metade do Caminho.

Cantou Tudo O Que gostamos de Escutar. Tinha Vícios e Virtudes, viveu Vida de Magnata.

Sobraram apenas as Marcas do Que Se Foi. Dos Dias de Luta e dos Dias de Glória. Mas aconteceu Como Tudo Deve Ser. Hoje vive em seu Novo Mundo.

Santos e o Brasil estão em luto.

Agora, JÁ ERAAAA... "Vai com Deus, Chorão... vai". Vai encontrar teu pai, meu querido. Fique Naquela Paz e Não Deixe o Mar Te Engolir!

"O DOM QUE DEUS TE DEU ENTROU PRA HISTÓRIA DO TEMPO"

Alexandre Magno Abrão (Chorão) - 09/04/1970 - 06/03/2013

terça-feira, 5 de março de 2013

Pisando fundo com Reginaldo Leme

Para quem, assim como eu, cresceu acordando cedo, madrugando ou mesmo nem dormindo aos finais de semana para assistir às corridas de Fórmula 1, ouvir de pertinho as palavras e as experiências de Reginaldo Leme, o mais famoso e importante jornalista especializado em automobilismo no Brasil, é um sonho realizado.

Ontem, 4 de março de 2013, tive uma oportunidade, talvez única, de conhecê-lo, entrevistá-lo rapidamente e de tirar uma foto ao lado dele, sempre atento como uma criança às histórias contadas durante as quase duas horas de bate-papo informal lá na sede da Aceesp, na Avenida Paulista.

Para um apaixonado por Fórmula 1 como eu, que com seis anos de idade guardava um jornal velho com um especial sobre a temporada de 1997 e decorava o capacete de cada piloto, reconhecendo-os na pista pela televisão, ou mesmo o trajeto de cada circuito e brincando em casa com meus carrinhos como se estivesse pilotando em algum deles, a noite de ontem valeu como uma aula de jornalismo, de Fórmula 1 e de vida.

Furos, reportagens, amizades, desentendimentos, viagens, emoções. Estas são só algumas palavras-chave sobre como posso resumir um pouco a vida profissional de Reginaldo, que sempre viveu tão perto intimamente de lendas da Fórmula 1 como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Alain Prost, entre outros.

A descrição da história de cada um desses pilotos, e principalmente sua relação com eles, vinha tão à tona durante a palestra, que eu pude ter a sensação de ter os conhecido tão bem quanto ele, quando na verdade o máximo que posso dizer que sei deles é o que fizeram nas pistas e o que todo mundo viu na televisão, nos jornais, livros, documentários ou vê hoje na internet.

Um pouco da carreira

Reginaldo começou sua carreira no jornal O Estado de São Paulo, onde trabalhou por quase 11 anos. Em 1978 foi para a TV Globo e conciliou por um ano sua vida profissional com o jornal impresso. A partir de 1979, passou a se dedicar somente para a televisão pela emissora carioca.

Ele foi o primeiro jornalista a cobrir regularmente o automobilismo no Brasil, mais precisamente a F-1. Isso aconteceu em 1972, ano marcado pela primeira das duas conquistas de Emerson Fittipaldi na categoria. Nesta ocasião, ele só foi capaz de trabalhar na reta final do campeonato, já que até Fittipaldi despontar como favorito ao título, a imprensa nacional não dava tanta importância ao automobilismo, nem mesmo à Fórmula 1.

A partir de 1973, com exceções das temporadas de 76 e 77, quando cobriu a F-1 a distância por causa do fraco desempenho verde e amarelo nas pistas, Leme esteve presente em todas as edições do campeonato mundial até os dias de hoje.

* Assim como Reginaldo Leme, confesso que reescrevi algumas vezes (e não 40 como ele, hahaha) este texto antes de publicar.

Da esquerda pra direita: Raphael Rodrigues, Reginaldo Leme, Matheus Dalcim, Gabriela Moschetti e Clarisse Oliveira