domingo, 15 de julho de 2018

Badalada dupla de zaga espanhola vê companheiros brilharem na Rússia

Na última década, Gerard Piqué e Sergio Ramos fizeram parte de uma geração vitoriosa, naquele que pode ser considerado o maior período de glórias do futebol espanhol.

Com a camisa da Fúria conquistaram, juntos, uma Copa do Mundo, em 2010, e uma Eurocopa, em 2012. Ramos ainda participou de outra conquista europeia, em 2008. Por seus clubes, Barcelona e Real Madrid, somaram sete títulos de Liga dos Campeões entre 2009 e 2018.

Tornaram-se líderes e referência na seleção e nos dois maiores times do mundo da atualidade. Por vezes entraram em conflitos tamanha a rivalidade entre catalães e madrilenhos, dentro e fora dos campos. Mas é inegável que, lado a lado, formaram uma parceria vencedora.

Mais famosos e prestigiados, no entanto, eles foram aquém do esperado no Mundial de 2018, eliminados ainda nas oitavas de final pelos anfitriões, e viram, já de casa, brilhar seus respectivos companheiros de time: Samuel Umtiti e Raphael Varane.

Titulares de Barça e Real, eles foram os pilares do sistema defensivo armado pelo técnico Didier Deschamps na campanha do bicampeonato francês. Com muito menos badalação, mas com excelente desempenho nos gramados russos, eles deram conta do recado, marcaram gols decisivos e apresentaram bons números durante toda a Copa do Mundo. Para os especialistas, Varane está ainda entre os principais defensores do torneio.

Muito mais do que isso: saem da Rússia com o título da maior competição de futebol do planeta e deverão voltar para a Espanha com outro status.

Abaixo, as principais estatísticas dos quatro defensores nesta Copa, segundo dados do site Footstats:

Gols sofridos: Espanha 6 gols em 4 jogos; França 6 gols em 7 jogos.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Santos vence fora do Brasil pela primeira vez desde 2012

Foi difícil, mas o Santos bateu o Estudiantes, na Argentina, em jogo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América 2018.

Uma vitória que, mais do que conceder-lhe a liderança do grupo 6 da competição, encerrou um jejum incômodo de seis anos para o time praiano.

Desde o dia 15 de março de 2012 o Peixe não vencia uma partida oficial fora do Brasil. Naquela ocasião, o recém tricampeão continental enfrentou o peruano Juan Aurich, em Chiclayo, curiosamente também pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores, e triunfou por 3 a 1, gols de Fucile, Paulo Henrique Ganso e Borges.

De lá para cá o alvinegro da Baixada acumulou oito jogos sem vitórias fora do território brasileiro, sete deles pela Libertadores e um pela Recopa Sul-Americana. Foram, ao todo, três derrotas e cinco empates.

Essa foi a pior sequência santista em competições internacionais desde que voltou a frequentar o principal torneio de clubes do continente, em 2003. Desde então, até 2012, venceu pelo menos uma partida no exterior em cada edição de Copa Libertadores que disputou.

Os oito jogos de jejum do Santos fora do Brasil:

2012
Bolívar-BOL 2 x 1 Santos (ida das oitavas de final da Libertadores)
Vélez Sarsfield-ARG 1 x 0 Santos (ida das quartas de final da Libertadores)
Universidad de Chile-CHI 0 x 0 (ida da Recopa Sul-Americana)
2017
Sporting Cristal-PER 1 x 1 Santos (fase de grupos da Libertadores)
Santa Fé-COL 0 x 0 Santos (fase de grupos da Libertadores)
The Strongest-BOL 1 x 1 Santos (fase de grupos da Libertadores)
Barcelona-EQU 1 x 1 Santos (ida das quartas de final da Libertadores)
2018
Real Garcilaso-PER 2 x 0 Santos (fase de grupos da Libertadores)

Nota do blog: Quando o assunto é Copa Sul-Americana, o retrospecto santista é ainda pior. Em cinco participações (a última delas em 2010), o Peixe enfrentou clubes estrangeiros em três oportunidades e foi eliminado em todas, sempre derrotado fora de casa:

2003
Cienciano-PER 2 x 1 Santos (volta das quartas de final)
2004
LDU-EQU 3 x 2 Santos (ida das quartas de final)
2006
San Lorenzo-ARG 3 x 0 Santos (ida das oitavas de final)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Feliz 7 a 1: um ano de coma do futebol brasileiro

Um ano do capítulo mais triste da história do futebol brasileiro. Capaz de deixar as almas dos personagens de 1950 dormirem em paz.

Ao fim do dia 8 de julho de 2014, a catástrofe do Mineirão trazia a esperança de despertar um gigante em coma, não mais adormecido. Jornalistas, especialistas, torcedores e até quem nunca entendeu de bola trouxeram de bate-pronto os diagnósticos da doença. Descobriram que, na verdade, não se tratava de apenas um tumor, mas uma metástase que vinha matando nosso futebol de forma arrasadora.

Receitaram os remédios, um a um, desde os mais simples até os mais agressivos tratamentos. Com direito, ainda, a soluções bem detalhadas e espelhadas em modelos de sucesso atuais.

Mas depende do paciente querer ser curado. Quem comanda nosso futebol esqueceu que antibiótico se toma todos os dias, com hora e medida certa.

Exatos 365 dias depois os mesmos erros continuam sendo cometidos. Nada foi feito. Nada mudou. Vide a Copa América, eliminados novamente pelo Paraguai nos pênaltis. Sem brilho, sem padrão, dependentes de apenas uma estrela solitária. Estrela que novamente deixou de brilhar no meio do caminho, ofuscada pela instabilidade emocional de um grupo mal comandado.

Fora de campo é um 7 a 1 atrás do outro. Escândalos, prisões, más administrações, clubes quebrados.

Não há remédio que cure tantos problemas assim de uma vez. É preciso tempo para trabalhar, para plantar e colher os resultados. Mas, antes, é preciso começar a trabalhar. E o torcedor brasileiro está há exatos 365 dias esperando, com uma pá na mão, que o mutirão comece.

Lembro-me do tempo em que se reclamava por não convocarem Romário, Djalminha, Alex. Já houve o dia em que deixaram o Falcão fora de uma Copa do Mundo. Remédio era o que não faltava. Sobrava.

Hoje a mão-de-obra está escassa. A doença é muito mais séria e profunda. Haja remédio para curar o futebol brasileiro. A dúvida que fica é: quanto tempo vai durar esse coma?

terça-feira, 26 de agosto de 2014

100 anos de Palmeiras



Descendente de italianos, neto, filho e sobrinho de palmeirenses, difícil acreditar que não segui os mesmos passos.

Ainda pequeno e sem ter noção do que era futebol, vivia sob o apelo de presentes para decidir o time pelo qual torceria o resto da vida.

Um amigo da família adorava me trazer camisas do Corinthians e imitar as comemorações do Marcelinho Carioca a fim de “comprar” minha opção. Meu tio, palmeirense roxo, entrou na briga e me deu uma camisa do Palmeiras, daquela clássica da Parmalat de 1993/94.

No entanto, minha decisão foi seguir os passos do meu pai, o único que nunca tentou me persuadir a torcer pelo seu time do coração, o Santos.

Mesmo decidindo ser um torcedor do Peixe, grande parte da minha infância foi marcada por festas e encontros familiares em tons alviverdes. Decisões de campeonatos não faltavam para nos reunirmos: Campeonatos Paulistas, Brasileiros, Copas do Brasil, Mercosul, Libertadores, Mundial, Copa dos Campeões...

Muitas vezes eu ria sozinho das derrotas, outras me sentia bem só de ver a felicidade estampada no rosto de pessoas tão queridas.

A verdade é que mesmo torcendo por outro time (e com muito orgulho), o Palmeiras fez parte da minha vida. Proporcionou muitos momentos de união, alegria e festa dentro de casa.

Aliás, o Palmeiras fez e faz parte da vida de todo amante do futebol, inclusive dos rivais. Afinal, o que seria dos corintianos sem as embaixadinhas do Edilson? E dos santistas sem aquela virada história na semifinal do Paulistão de 2000? E são-paulinos sem o golaço de esquerda do Cicinho em pleno Parque Antártica?

Momentos épicos!

Do mesmo modo como são inesquecíveis a defesa de Marcos na cobrança de pênalti de Marcelinho, o Armeration em cima do Santos de Robinho, Ganso e Neymar e o gol antológico de Alex no Morumbi, com direito a chapéu em Rogério Ceni.

Torcer por outro time não me tira o carinho nem o respeito que tenho pelo Palmeiras, clube gigante, vencedor e revelador de craques. O centenário alviverde merecia ser de outra forma, na briga por títulos, time repleto de ídolos e o novo estádio como a cereja do bolo, fazendo jus à sua história.

Aos meus familiares, amigos e toda a torcida que canta e vibra, as minhas congratulações por essa data tão especial.

Parabéns, Sociedade Esportiva Palmeiras, pelos 100 anos de história!


Time campeão da Taça Libertadores de 1999, contra o Deportivo Cali - COL

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Missão Hexa: Parte 1/7

O primeiro passo foi dado.

Como já era esperado, foi difícil. Mas poderia ter sido pior. Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, se pudesse ter entrado em campo, faria a festa na área brasileira. Principalmente em jogadas aéreas em que às vezes Daniel Alves aparecia na disputa pelo alto com os atacantes croatas.

Aliás, que estreia infeliz do camisa 2 brasileiro. Jogadas pelas costas, erros de passes, ineficiência nos cruzamentos. Isso sem falar na irresponsável subida ao ataque que resultou no gol contra de Marcelo (o primeiro do Brasil em toda a história das Copas), quando, ao invés de estar postado na linha defensiva, o lateral do Barcelona estava marcando o goleiro adversário. Com isso, a Croácia aproveitou o buraco deixado pelo brasileiro para fazer a jogada pela esquerda de seu ataque, tirando Thiago Silva da área para suprir a função do colega, e assim sair o cruzamento que deu origem ao primeiro da Copa do Mundo de 2014.

David Luiz e Luiz Gustavo seguraram a bronca e fizeram uma partida impecável.

Neymar, de novo, mostrou porque pode levar o Brasil à decisão. Porém, errou ao acertar Modric no rosto e levar cartão amarelo de bobeira. Na Copa do Mundo dois cartões amarelos já suspendem automaticamente um jogador para o duelo seguinte, e não três, como estamos acostumados.

Oscar, após algumas críticas e a ameaça de Willian tomar o seu lugar no time titular, foi um dos melhores em campo. Se destacou tanto na parte ofensiva, participando de todos os gols brasileiros no jogo, quanto defensivamente, ajudando na marcação, roubando bolas e mostrando muita garra dentro de campo. Tanto que a provável entrada de seu substituto imediato já prevista por alguns, acabou nem acontecendo.

O juiz ajudou, é claro. Mas julgá-lo após ver e rever mais de 30 vezes, por diversos ângulos, pela televisão fica fácil.

Felipão não comprometeu. Suas mexidas melhoraram o ânimo do time em campo. Só acho que poderia ter colocado Maicon no lugar de Dani Alves.

Enfim, o mundial começou. O adversário mais perigoso do grupo foi batido e a classificação para a próxima fase está bem encaminhada. Que o peso da estreia tenha ficado para trás. Novas atuações como a de hoje podem complicar o sonho do hexa mais para frente, no mata-mata.

O que esperamos é um camisa 10 decisivo como o deste 12 de junho e que a força da torcida continue vindo desde o hino nacional até o apito final.

segunda-feira, 31 de março de 2014

As curiosidades do futebol paulista

Assim que o árbitro Marcelo Rogério sinalizou o término da primeira semifinal do Campeonato Paulista de 2014, o Santos chegava a impressionante marca de seis finais consecutivas, algo inédito na história do futebol do estado de São Paulo.

Já no ano passado, o Peixe, ao chegar à sua quinta finalíssima em seguida, superou a marca de quatro decisões do São Paulo entre os anos de 1980 e 1983, quando conquistou o título nas duas primeiras oportunidades, contra o próprio Santos e frente à Ponte Preta, e acabou perdendo as outras duas para o Corinthians da Democracia.

Se levarmos em conta a época dos pontos corridos no Campeonato Paulista, que foi utilizada de forma fixa até meados da década de 70, a maior marca de títulos e vices consecutivos também é do time da Vila Belmiro, que ficou nas duas primeiras posições durante oito temporadas seguidas, entre 1955 e 1962, sagrando-se campeão em seis oportunidades.

O fato mais curioso é que em 1959 houve uma decisão, pois Santos e Palmeiras empataram em número de pontos e tiveram de decidir em três jogos finais o título daquele ano no chamado Supercampeonato. Após dois empates (1x1 e 2x2) e uma vitória por 2x1, o alviverde levou a melhor e conquistou o título em cima do rival naquela que seria a ÚNICA FINAL da história entre Santos e Palmeiras até os dias de hoje.

A chance de uma revanche estava mais do que prevista para 2014, mas os deuses do futebol, como diz Mano Menezes, não permitiram. Ou melhor, Marcelinho, do Ituano, não permitiu, quando colocou a bola no canto esquerdo do goleiro Bruno na noite de ontem, aos 38 minutos do segundo tempo da segunda semifinal do Paulistinha.

Após quase 100 anos de clássico, Santos e Palmeiras deverão esperar um pouco mais para disputarem somente pela segunda vez uma finalíssima entre si.

Frente a um adversário menos badalado e teoricamente mais fraco, o time da Vila, que chega à sua sexta decisão em sequência, vê o 21º título estadual cada vez mais perto. E se depender das coincidências do futebol, o caneco pode estar garantido desde já. Isso porque desde 1998 o Peixe jamais deixou de levantar uma taça em ano de Copa do Mundo. Em 1998 conquistou a Copa Conmebol, em 2002 o Campeonato Brasileiro, em 2006 o Paulistão e em 2010 repetiu a dose com outro Paulistão e venceu pela primeira vez em sua história a Copa do Brasil.

Ano de Copa é ano de alegria para os santistas? Veremos em duas semanas... se os deuses do futebol permitirem.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Rosberg vence, Massa esbraveja e RBR vacila

A temporada 2014 da Fórmula 1 começou sem grandes surpresas em relação aos testes oficiais do começo do ano. Domínio dos carros com motor Mercedes e sucessivas quebras dos propulsores Renault.

Melhor para Nico Rosberg que logo na largada pulou da terceira para a primeira posição, posto que não deixou mais escapar durante toda a prova até a bandeirada final. Após 30 anos, o alemão vence no mesmo país o grande prêmio que seu pai conquistou na estreia da Austrália na Fórmula 1, embora em circuito diferente.

Lewis Hamilton, pole position e favorito à vitória, perdeu duas posições antes mesmo da primeira curva e em quatro voltas foi obrigado pela equipe a abandonar a corrida e salvar o motor, que apresentava problemas. Mais uma das novas regras para 2014, que permite a cada escuderia utilizar somente cinco motores por carro durante toda a temporada.

Estreia com final precoce

Felipe Massa vivia grande expectativa sobre sua primeira corrida pela Williams, que surpreendeu na pré-temporada e esteve sempre no pelotão de frente. Após um modesto nono lugar no treino classificatório, eis que surgiram as primeiras dúvidas em relação ao desempenho dos carros ingleses, ao menos na chuva. No domingo, o sol apareceu e devolveu a confiança de uma boa corrida para o brasileiro.

Entretanto, ele não teve mais do que meia reta para curtir seu primeiro grande prêmio pela nova equipe, após oito anos de Ferrari. Uma pena começar uma temporada tão promissora sendo atropelado por uma Caterham e vendo o fim de prova logo na primeira curva. Em teu semblante, eram claras a decepção e indignação com a manobra irresponsável do japonês Kamui Kobayashi.

Consolo

Se Felipe Massa não teve tempo nem de esquentar os pneus, restou ao brasileiro um fundo de esperança para o restante do ano. Isso porque seu companheiro Valtteri Bottas fez uma corrida e tanto, mostrando que o carro da Williams pode dar muito trabalho e brigar por alguns pódios. Mesmo largando da 15ª posição do grid, o finlandês chegou rapidamente ao top 10 do GP australiano e não tomou conhecimento de seus adversários, nem mesmo da Ferrari de seu compatriota e campeão do mundo, Kimi Raikkonen.

O excesso de confiança do piloto da Williams quase acabou com o sonho da equipe de pontuar na estreia do campeonato, mas a sua segunda recuperação na prova mostrou mais uma vez que o carro desta temporada está bem à frente de muita gente grande, como a própria Ferrari e a atual tetracampeã RBR.

Festa australiana dura pouco

E foi o time austríaco quem mais decepcionou durante todo o final de semana. Tudo começou com o desempenho pífio de Sebastian Vettel no treino de classificação, registrando apenas o 12º tempo. Na corrida, o abandono do alemão (novamente com problemas no motor Renault), antes mesmo de completar a quarta volta, deu fim a um grande prêmio para ser esquecido.

Na contramão do insucesso do principal piloto da equipe, o anfitrião Daniel Ricciardo vinha surpreendendo. Nos treinos, garantiu o segundo lugar no grid e manteve a posição durante toda a corrida. A torcida da casa fez grande festa e saudou o australiano como se tivesse vencido a prova. Nada mais justo para um jovem piloto que conseguia levar um carro cheio de problemas ao pódio frente ao seu povo.

Conseguia... pois, após a corrida, a FIA investigou e encontrou irregularidades no fluxo de combustível do carro número 3, que havia excedido consistentemente o limite de 100kg de gasolina por hora, infringindo uma das novas regras estabelecidas para temporada 2014.

McLaren volta ao pódio e Ferrari continua sem brilho

Enquanto a Mercedes desponta como favorita, a Williams promete incomodar e a RBR não sai do lugar, a McLaren finalmente voltou a subir no pódio após ficar a temporada de 2013 inteira sem alcançar sequer um quarto lugar. E logo de cara colocou os seus dois pilotos, o dinamarquês e estreante na categoria Kevin Magnussen e o inglês Jenson Button, para estourar o champanhe.

Já a mais tradicional equipe do paddock não foi mais do que uma figurante de grife em Melbourne. Com o quarto lugar de Fernando Alonso e o sétimo de Kimi Raikkonen, a Ferrari não foi capaz de amedrontar ninguém e acabou fazendo uma corrida bem discreta. Muito pouco para a escuderia mais vencedora da história da Fórmula 1 e para dois pilotos tão talentosos e que carregam o posto de campeões mundiais.